Na madruga desta segunda-feira, começa a maior experiência já feita pra buscar vida em outro planeta. Um veículo chamado Curiosity - curiosidade, em inglês - vai pousar em Marte. Isso, se tudo der certo, porque pousar lá é muito difícil e perigoso.
Os próprios cientistas da Nasa deram o nome: os sete minutos de terror. Depois de viajar 570 milhões de quilômetros, desde 26 de novembro de 2011, a nave finalmente está perto de Marte. Mas resta o obstáculo mais difícil de todos: atravessar a atmosfera do planeta.
A temperatura, no escudo protetor, chega a 900ºC. Velocidade: 1.600 km/h. E agora, como parar essa nave?
Agora começa a parte mais difícil e delicada da missão. Tudo que está preso pelo paraquedas tem que ir se desfazendo aos poucos para que só o jipinho Curiosity chegue à superfície de Marte. Qualquer erro pode destruir tudo.
Hora de soltar o escudo que protegia contra o calor. Ele fica embaixo. Agora, com a visão liberada a nave começa a enxergar Marte. A parte de cima também se solta e vai embora junto com o paraquedas. Entram em ação os retrofoguetes, que freiam a nave ainda mais, e ajustam a posição. Agora, uma manobra inédita, perigosa e crucial.
“Chegando próximo, ela vai descer com um guindaste o jipinho até a superfície tocar no chão, soltar o cabo de aço, descartar a sonda e o jipinho vai começar a andar", detalha Douglas Galante, do Laboratório de Astrobiologia da USP.
Os cabos especiais têm cerca de 20 metros. Quando o Curiosity toca o solo de Marte, sete minutos depois de entrar na atmosfera, a parte superior se desprende e vai para bem longe, para não despencar em cima do jipinho, que é do tamanho de um carro pequeno. Só que vale R$ 5 bilhões.
Na sala de controle, as informações não chegam em tempo real.
Via Fantastico