Em 15 de junho de 1957 os moradores de Tulsa, cidade americana no estado de Oklahoma, viram um Plymouth Belvedere 1957 dourado e branco (zero na epoca) ser enterrado em frente ao palacio da justiça em um esquife de concreto
O conteúdo de seu porta-malas: 10 galões (37,3 litrospara o caso de, em 2007, os motores a combustão terem se tornado obsoletos) de gasolina, 4,7 litros de óleo, um engradado de cerveja, o mapa aéreo de um aeroporto, bandeiras, fotos aéreas da cidade e declarações como as do prefeito e de representantes da câmara de comércio, dos conselhos de educação e de igrejas de Tulsa. Itens da bolsa de uma mulher até uma multa não paga de estacionamento proibido foram colocados no porta-luvas e uma conta de poupança, que em 1957 continha US$ 100 e hoje vale pouco mais de US$ 1.000.
A curiosa idéia surgiu como parte do "Tulsarama!", comemoração do jubileu de ouro do estado. Em 2007, entre as festividades de seu centenário, o carro foi desenterrado para revelar, principalmente, o mistério em torno de seu estado de conservação.
Os cidadãos de Tulsa tentaram adivinhar na época qual seria a população da cidade no dia da exumação. As apostas foram microfilmadas e guardadas num recipiente de aço que ficou a bordo do Belvedere. A pessoa que mais tiver se aproximado do número correto (387 807 habitantes) levaria o carro e a poupança de U$ 100
Os cidadãos de Tulsa tentaram adivinhar na época qual seria a população da cidade no dia da exumação. As apostas foram microfilmadas e guardadas num recipiente de aço que ficou a bordo do Belvedere. A pessoa que mais tiver se aproximado do número correto (387 807 habitantes) levaria o carro e a poupança de U$ 100
O Belvedere enterrado é um cupê hardtop (sem colunas centrais), com motor V8 de 4,9 litros e 215 cv. Conta com transmissão automática Torque-Flite da Chrysler, operada por cinco botões à esquerda do volante. Um Belvedere equivalente pode valer 16 500 dólares. Segundo o organizador do evento, Lewis Roberts Jr., o carro foi escolhido porque era "um produto americano avançado, que ainda estaria atual depois de 50 anos".
Com suas barbatanas pronunciadas, o Belvedere era mesmo um dos melhores resultados do novo estilo adotado em 1957 pela Chrysler. O perfil era mais baixo e alongado que o dos carros americanos em geral. Criado por Virgil Exner, era o chamado forward look, algo como "estilo à frente". Era igual ao da foto a abaixo
Mas o Plymouth Belvedere não resistiu às infiltrações na caixa de concreto em que esteve por exatos 50 anos.
O Plymouth Belvedere ficaria com aquele que tivesse adivinhado a população exata do município de Oklahoma no ano de 2007. O vencedor, Raymond Humbertson, morreu em 1979. A herança, coberta de ferrugem, ficou para as duas irmãs do ganhador.
Sem muitas opções, elas aceitaram a proposta de Dwight Foster, dono da Ultra One Corporation, fabricante de antioxidantes. Ele se disponibilizou a restaurar o modelo sem mexer na estrutura. Durante dois anos, Foster aplicou, pacientemente, seus produtos na carroceria do carro.
O Plymouth Belvedere ficaria com aquele que tivesse adivinhado a população exata do município de Oklahoma no ano de 2007. O vencedor, Raymond Humbertson, morreu em 1979. A herança, coberta de ferrugem, ficou para as duas irmãs do ganhador.
Sem muitas opções, elas aceitaram a proposta de Dwight Foster, dono da Ultra One Corporation, fabricante de antioxidantes. Ele se disponibilizou a restaurar o modelo sem mexer na estrutura. Durante dois anos, Foster aplicou, pacientemente, seus produtos na carroceria do carro.
Grande parte da ferrugem desapareceu, as rodas viram e a direção funciona (ele trocou a suspensão, a direção e o eixo traseiro). Mas o bloco do motor não teve recuperação e a lataria tem alguns furos, pelos quais é possível passar a mão. A carroceria está tão fina que Foster não tem coragem de abrir as portas com medo da estrutura ser irremediavelmente comprometida.
Diante de tantos problemas, o melhor destino para o Plymouth Belvedere foi um museu.
Vale lembrar que na verdade o Plymounth não ficou enterrado ficou submerso talvez se fosse enterrado sem esquife teria ficado menos danificado.
Vale lembrar que na verdade o Plymounth não ficou enterrado ficou submerso talvez se fosse enterrado sem esquife teria ficado menos danificado.