domingo, 1 de abril de 2012

Os 10 piores acidentes aéreos Brasileiros

10- O EMB-120 Brasília da Rico Linhas Aéreas
Na sexta-feira, 14 de maio de 2004, procedia para pouso em Manaus, com boas condições climáticas. Procedente de São Paulo de Olivença, com escalas em Tabatinga e Tefé, o vôo 4815 era operado pela aeronave de prefixo PT-WRO. A comunicação entre a torre de controle e o Cmte. Rui Kleber, com 30 anos de experiência e 20.000h de vôo, não indicou nenhum problema antes da queda, que ocorreu por volta das 18h30. De acordo com a empresa, o avião deveria ter pousado às 18h40.Na manhã seguinte, destroços do aparelho foram localizados na selva, indicando que a aeronave colidiu com as árvores em grande velocidade: a área coberta pelos destroços era bastante grande, dificultando o resgate e a identificação das vítimas. O avião estava lotado, com seus 30 lugares ocupados e mais três tripulantes e não houve sobreviventes.

9-    O Viscount da VASP 
Aproximava-se para pouso no aeroporto da Galeão. Um T-21 da Força Aérea Brasileira, pilotado por um jovem cadete, Eduardo da Silva Pereira, fazia acrobacias sobre a casa da namorada do cadete, no bairro de Ramos, subúrbio do Rio. O Fokker colidiu em vôo com o Viscount, que perdendo partes de sua estrutura, caiu sobre casas, matando seus 33 ocupantes e também 5 pessoas no solo, vitimadas pelos destroços. O piloto do T-21 escapou. A tripulação do PP-SRG era composta por: Comandante Ataliba Euclydes Vieira, co-piloto Álvaro Grazioli, radiotelegrafista Zezito Miranda Duarte, comissários Manoel Pereira Nunes e Ana Borsachi. 

8- Viscont da Vasp
Tendo decolado de Vitória com destino Rio de Janeiro, o vôo noturno da VASP mantinha 6000 pés em condições IMC. As 19:33, a tripulação reportou no bloqueio de Rio Bonito. Sem o conhecimento da tripulação, o Viscount havia se afastado da rota planejada e estava na realidade próximo a Nova Friburgo. Minutos mais tarde, colidiu contra a face leste do Pico da Caledônia, de 1.950 metros de altura. O PP-SRR estava a cerca de 35km ao norte da rota planejada. Morreram o comandante Aldemar de Castro Magalhães, co-piloto José Edmilson Prata braga, comissário Roberto Luccheta, dois outros tripulantes e os 34 passageiros.

7- Convair da Companhia Real na Baía de Guanabara
Durante a aproximação noturna para o aeroporto Santos Dumont, o Convair desceu demais, por motivos ignorados, e chocou-se com o mar. Morreram os 49 passageiros e os tripulantes: Comandante João Afonso Fabrício Belloc, Primeiro Oficial Orlando Gonzales Fernandes, e os Comissários João Batista Valadão e Jorge Santos Pombal.

6- Boeing 727 da Transbrasil. 
O vôo QD303 decolou de Congonhas rumo a Florianópolis, que encontrava-se sob condições climáticas adversas, sob a influência de forte frente fria passando pela TMA. Naquela época, o aeroporto Hercílio Luz contava apenas com dois NDBs como auxílio de navegação, instrumentos especialmente sensíveis às descargas magnéticas que se encontravam naquela hora sobre a região. Talvez tenha acontecido um falso bloqueio do NDB, e isto explique porquê o major checador da FAB, que então pilotava a aeronave, tenha se afastado tanto da rota prevista. Além disso, ficou registrado no CVR a preocupação do comandante titular do vôo, sentado à esquerda, (e que estava apenas assistindo a pilotagem do major checador) que seguidas vezes alerta o major para observar a altitude mínima nos procedimentos. O 727 prosseguiu descida para um rebloqueio, mas antes disso, às 20:38 colidiu com a Serra de Ratones. Por mais 60 metros e o PT-TYS teria passado sobre o morro. Apesar da força do impacto e da total destruição da aeronave, dos 58 ocupantes à bordo, 3 passageiros sobreviveram, sendo resgatados na madrugada do dia 13

5- Fokker-100 da TAM 

Tendo decolado às 08:26 do aeroporto de Congonhas, o F100 da TAM travou uma batalha de pouco mais de um minuto, tentando manter-se no ar com o reversor do motor direito abrindo e fechando. Sessenta e cinco segundo após aplicar potência na decolagem, a tripulação do vôo 402 perdeu essa batalha: a asa direita do PT-MRK estolou. O F100 virou de dorso e a ponta dessa asa atingiu dois prédios, antes da aeronave cair sobre oito casas do bairro do Jabaquara, em São Paulo. 
A causa ainda não foi oficialmente estabelecida, mas sabe-se que, ao invés de brigar contra o reverso que teimava em abrir, a tripulação deveria cortar o combustível que alimentava este motor, aumentar a potência do outro ao máximo e, uma vez alcançando uma altitude segura, iniciar o retorno para pouso em Congonhas. Porque não seguiram o procedimento padrão em panes como esta não é de importância aqui. Não cabe nenhum julgamento da capacidade dos tripulantes. Cabe sim lembrar que um acidente nunca é resultado de um evento isolado, mas de uma cadeia de acontecimentos. 
A aeronave não teria caído, em primeiro lugar, se o reverso não houvesse falhado. Se a tripulação soube ou não lidar com a emergência é uma outra questão. Importante sim, é divulgar a cadeia de razões que levaram à catástrofe, e com isto, aumentar a compreensão de todos os envolvidos e interessados, colaborando para que as 99 vidas perdidas naquela manhã não o tenham sido em vão. Foi a época o pior desastre sofrido pela TAM, o pior da história de Congonhas, da cidade e de todo o estado de São Paulo, até o acidente do AirBus da TAM


4- Boeing 707 da Varig
O 707 decolou do Galeão rumo à Paris. Ao iniciar o procedimento de descida, aparentemente uma ponta de cigarro deixada na lixeira do lavatório traseiro iniciou um incêndio que não pode ser controlado. Minutos antes do pouso, a tripulação executou um quase impossível pouso de emergência num campo de plantação de cebolas em Saulx-Les-Chartreux, próximo ao aeroporto de Orly. Dos 134 ocupantes, salvaram-se 10 tripulantes e apenas um passageiro. Entre os mortos, algumas celebridades brasileiras: Regina Lèclery (socialite), Joerg Brüder (iatista), Agostinho dos Santos (cantor), Júlio de Lamare (comentarista de F1 na Rede Globo), Filinto Müller (político e senador pela Arena).

3- Boeing 727-200 da Vasp 
Em vôo iniciado em Congonhas com escala no Galeão, o comandante do 727 abandonou seu plano de vôo por instrumentos cedo demais, a 140NM do destino, e prosseguiu em aproximação visual para o aeroporto Pinto Martins. Tendo as luzes de Fortaleza, seu destino final em seu visor, o comandante sentiu-se seguro e continuou sua aproximação, desrespeitando todos os procedimentos padrão de navegação bem como, por duas vezes, o alarme de altitude. O 727 acabou colidindo com um dos picos da Serra da Aratanha, próximo à cidade de Pacatuba, Ceará. Este acidente ficou famoso pela divulgação no Jornal Nacional da gravação do voice-recorder, onde claramente ouve-se um tripulante comentando "tem uns morrotes aí", segundos antes do impacto inicial. Nenhum dos 137 ocupantes escapou. Foi o terceiro maior desastre de nossa aviação em número de fatalidades.

2-Boeing da Gol

Um 737-800 da Gol prefixo PR-GTD (em operação desde 12/09/2006 e contando com menos de 200 horas de vôo) chocou-se com um jato Legacy 600 (s/n 965) N600XL operado pela empresa ExcelAire,. O choque ocorreu sobre Matupá, MT, por volta das 17h00 da sexta-feira, 29 de setembro de 2006. mesmo avariado, o Legacy conseguiu pousar em emergência na base aérea da FAB de Cachimbo, MT, onde constatou-se avarias no winglet e estabilizador horizontal esquerdo, provocadas pela colisão. Seus sete ocupantes nada sofreram. 
O Boeing teve menos sorte: caiu e somente na manhã de sábado foi localizado, sem sobreviventes. Viajavam 148 passageiros e 6 tripulantes no Boeing, que cumpria o vôo G3 1907 (Manaus-Brasília-Rio de Janeiro - GIG) e conexões. O acidente foi provocado pela colisão a 37.000 pés das aeronaves. O Legacy deveria voar no nível 360 (36.000 pés) mas, por razões que ainda estão sendo investigadas, voava na mesma altitude do Boeing. 
Contribuiu também o fato do jato executivo voar com o transponder desligado, o que impediu o acionamento automático do TCAS, equipamento que poderia ter evitado a colisão. O TCAS, Traffic and Collision Avoidance System,é um sistema desenvolvido para identificar, avisar e até mesmo desviar uma aeronave de tráfego aéreo potencialmente conflitante e/ou perigoso. O sistema depende da ativação do transponder para poder funcionar.


1- Airbus A-320 da TAM 
O vôo JJ 3054 era um serviço regular da empresa entre Porto Alegre (Salgado Filho - POA) e Congonhas (CGH). O vôo foi absolutamente corriqueiro, sem qualquer declaração em contrário por parte da tripulação ou do controle de tráfego aéreo. O jato foi instruído para pouso na cabeceira 35L. Segundo testemunhas, o jato tocou na zona correta para o pouso, as 18h46:26. Mas foi aí que a tragédia começou a acontecer. Ao invés de frenar, o A320 prosseguiu em alta velocidade, como ficou registrado pelas câmeras da Infraero. O Airbus prosseguiu assim por praticamente toda a extensão restante da pista. Ainda com os trens de pouso principais no solo, as 18h46:45 o A320 saiu da pista, à esquerda de seu eixo. Atravessou o gramado adjacente, demoliu a pequena mureta que divide o plano da pista com o barranco lateral à mesma. Sobrevoou a avenida Washington Luís num segundo e, as 18h46:50, colidiu contra o edifício de carga da TAM Express, a aproximadamente 170km/h. 
Estavam a bordo do vôo JJ 3054 162 passageiros e 19 funcionários da empresa (seis tripulantes, dois comandantes e quatro comissários), totalizando 187 pessoas. A tripulação era composta por dois comandantes: Kleyber Lima e Henrique Stephanini Di Sacco, além de quatro comissárias: Cássia Negretto (Chefe de cabine), Daniela Bahdur, Michelle Leite e Renata Gonçalves. Além destes, vários funcionários da TAM Express faleceram no edifício atingido pelo A320. Com 199 vítimas fatais, este passa a ser o pior desastre aéreo da história da aviação brasileira e um dos piores em todo o mundo ocorridos em zona urbana. 
via JetSite
Comentários
6 Comentários

6 comentários:

  1. Oi. quero sugerir uma pequena revisão nos textos. Eles estão escritos como se não fossem de data atual.

    Por exemplo. No caso numero 3 você termina o texto dizendo: "Foi o segundo maior desastre de nossa aviação em número de fatalidades." quando obviamenteo foi o terceiro e não o segundo.. até porque logo adiante vem os outros dois (da gol e da tam) que foram piores.

    Também no texto do fokker 100 da tam que caiu no Jabaquara, voce fala que foi o pior acidente da TAM. Pode ter sido na época.. mas foi superado pelo desastre em congonhas que matou quase 200.

    No mais, adorei a postagem.
    Sempre acabo vindo parar aqui no seu blog por causa do Ocioso. Muitos posts legais. parabens

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    1. Muito obrigado por suas sugestões que ja foram corrigidas. Como a matéria está em vários lugares nem sempre ela está atualizada! Em breve irei fazer mais um post sobre aviação. Abcs

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    1. Em 3 de setembro de 1989, um domingo, o Boeing 737-200 prefixo PP-VMK da companhia aérea brasileira Varig, voo Varig RG-254, que ia de Marabá para Belém, não chegou ao seu destino. Após cometer um erro de navegação ao decolar de Marabá,o comandante voou durante mais de tres horas sem saber onde estava. Ao acabar o combustível, o piloto teve que realizar um pouso forçado às 21h06min (hora local), em plena floresta amazônica, próximo a São José do Xingu, no Mato Grosso. Na aterrissagem, o impacto do avião contra as árvores causou a morte de 12 ocupantes e ferimentos em outros 42. Esse caso teve grande repercussão por causa que os passageiros precisaram salvar a si mesmos mas essa lista leva em conta o numero de mortos(12) que foi relativamente baixo para um aviao desse tamanho no meio da mata. porisso ficou de fora amigo

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  3. Lembro como se tivesse acontecido ontem dos acidentes da GOL com o Legacy e da TAM em Guarulhos. No caso deste ultimo eu estava em Porto Alegre, quando de repente a notícia começou a passar na televisão. No condomínio onde eu estava, vi
    pessoas desesperadas, pois tinham parentes no avião. Vi crianças chorando a morte da professora e todo o desespero dos familiares esperando pela confirmação dos nomes. Descaso total da TAM que sequer tinha uma lista concreta dos passageiros. Os parentes foram tratados da pior forma possível. Os nomes eram divulgados pelo rádio e cada vez que um nome era confirmado, mais desespero. Chorei muito, me coloquei no lugar daquelas pessoas arrasadas. E o pior de tudo, algum tempo depois ouvi uma pessoa sem noção chamando o acidente de "churrasquinho de gaúcho". Que Deus tenha recebido de braços abertos estas pessoas que morreram de forma tão brutal. Foi o acidente que mais me chocou. Muita falha humana em meio a tanta desgraça, às vezes do piloto, e no caso de Guarulhos, a pista não atendia as exigências. O da Gol, foi absurdo. Quem praticou este acidente foram os americanos que não sofreram punição alguma. Queria ver se um brasileiro fizesse a porcaria que eles fizeram. Triste e inesquecível.

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    1. Se um piloto Brasileiro derrubasse um avião americano eles ja teriam cortados os voos conosco até o dia que todos os pilotos fizessem reciclagem nos EUA e o tal piloto estaria preso até hoje

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